Reestruturação da indústria, organização do trabalho, métodos de produção.
Sistema Fordista: Produção em massa
![]() |
Henry Ford |
Durante muito tempo, as empresas foram controladas somente por seu dono, onde o mesmo tinha contato com todos os envolvidos da sua empresa: clientes, operários e fornecedores. O volume de produção era baixo, os seus projetos variavam de veículos a veículos e as máquinas-ferramentas eram de uso geral.
Os custos de produção eram altos e não caiam com o aumento do volume. Só os ricos podiam comprar carros, que eram pouco confiáveis e de baixa qualidade.
Foi no final do século XIX que Henry Ford introduziu os seus conceitos de produção, conseguindo com isso reduzir dramaticamente custos e melhorar substancialmente a qualidade da produção.
Segundo Ford, organização era umas das principais regras para o bom funcionamento de uma empresa.
O seu principal objetico era que as empresas produzissem seus produtos em grande quantidade, mas para isso teria que haver uma transformação na maneira de trabalhar.
Os horários teriam que ser mais rígidos, rotinas predefinidas, tarefas repetitivas e estreito controle.
Com o passar do tempo a produção manual deu lugar a produção em massa; a sociedade rural deu lugar a hurbana e o humanismo deu lugar ao racionalismo.

As mudanças
implantadas permitiram reduzir o esforço humano na montagem, aumentar a
produtividade e diminuir os custos proporcionalmente a elevação do
volume produzido.Além disso, os carros Ford foram projetados para uma
facilidade de operação e manutenção sem precedentes na indústria.
Toyotismo: Ascensão de produção
Anteriormente, a ideia de que empregados são pessoas com necessidades complexas, não era nada óbvia.
Herzberg e McGrego, abordaram a questão da integração dos indivíduos nas organizações através de funções mais enriquecedoras. Isto é levaria a maiores níveis de criatividade e inovação. Sergiu dai a ideia de Gerenciamento dos Recursos Humanos, trazendo conceitos como autonomia, autocontrole, envolvimento e reconhecimento.
Outra contribuição, a Teoria dos Sistemas, considera que as organizações são sistemas abertos e devem encontrar uma relação apropriada como ambiente para garantir sua sobrevivência.
A moderna teoria contigencial tem tido contribuições dos trabalhos de Lawrence e Lorsch. Eles enfocam essencialmete a necessidade de diferenciação das organizações para fazer frente aos diferentes tipos de mercado e o imerativo da flexibilidade.
O objetivo disso turo era aproveitar as oportunidades e vencer os desafios colocados na empresa.
As duas teorias anteriores enfocam a organização e o ambiente como fenômenos separados.
Mas vencidas as dificuldades podemos dizer que essa visão tem uma série de pontos positivos: permite compreender as relações entre organização e meio; valorização e inovação e, finalmente, depreende em busca de harmonia entre estratégia, estrutura, tecnologia e as dimensões humanas.
O sistema Toyota surgiu quando um engenheiro Eiji Toyota foi visitar as instalações da Ford em Detroid. Depois desse período de visita, ele enviou uma carta para a sede de sua empresa visando que "havia algumas possibilidades de melhorar o sistema de produção".
![]() |
Eiji Toyota |
De volta ao seu país, Toyoda e o seu especialista em produção, Taiichi Ohno, refletiram sobre o observado na Ford e concluíram que a produção em massa não poderia funcionar bem no Japão. Desta reflexã, nasceu o que ficou conhecido por Sistema Toyota de Produção- ou Produção Flexível. Junto com ele também nasceu a mais eficiente empresa automobilística conhecida até hoje.
![]() |
Taiichi Ohno |
Trablhando na reformulação da linha de produção e premidos pelas limitações ambientais, Toyota e Ohno desenvolveram uma série de inovações técnicas que possibilitavam uma dramática redução no tempo necessário para alteração dos equipamentos de moldagem. Assim, modificações nas características dos produtos tornaram-se mais simples e rápidas. Isso levou a uma inesperada descoberta: tornou-se mais barato fabricar pequenos lotes de peças estampadas, diferentes entre si, que enormes lotes homogêneos. É claro que tudo isso exigia a presença de operários bem treinados e motivados.
Volvo: O caminho da flexibilidade criativa
O sitema volvo é um sistema que focaliza a organização como conjunto de partes ligadas por uma rede de comando e controle.
Segundo Simon, as organizações não são totalmente racionais, pois seus membros tem acesso a poucas informações. Esta limitação é controlada pela criação de planos, normas e procedimentos, que visam a simplificar a realidade organizacional.
Com o passar do tempo vários sistemas foram criados e um deles foi o sistema holográfico que pode ser descrito da seguinte forma: no cérebro, cada neorônio é conectado a milhares de outros, num sistema ao mesmo tempo especialista- cada componente tem funções específicas- e generalista- com grande possibilidade de intercambiabilidade. O controle e execução não são centralizados. O córtex, o cerebelo e o mesencéfalo são simultaneamente independentes e intersubstituíveis em termos de função. O grau de conectividade é alto, geralmente maior que o necessário, mas fundamental em momentos específicos. É esta redundância o vetor de flexibilidade que possibilita ações probabilísticas e a capacidade de inovação.
Um projeto com essas caractéristicas que poderíamos chamar de holográfico, esse sitema deve adotar quatro princípios:
- Fazer o todo em cada parte;
- criar conectividade e redundância;
- criar simultaneamente especialização e generalizção; e
- criar capacidade de auto organização.
Conclusão:
O mercado capitalista sempre vem cresce ao longo dos anos, os sistemas de Ford, Tayota e Volvo vieram de forma mais formal crescendo e gerando lucros pra sua empresa. Mas sempre visando a melhoria na fabricação dos seu automóveis e tendo um baixo custo para fabrica-los. Assim essas empresas foram crescendo e se tornaram empresas respeitadas pelo mundo inteiro pela sua competencia em fabricar seus carros e respeito pelos seus clientes, dando-lhes cada dia mais segurança e conforto nos carros que compram não importa a marca que preferirem.
Wood Thomaz, Jr.
Engenheiro Químico pela UNICAMP, Mestrando em Administração de Empresas da EAESP/FGV e Profissional do Setor Fibras e Polímeros da Rhodia S.A
Artigo: Fordismo, Toyotismo e Volvismo: Os caminhos da indústria em busca do tempo perdido.
Publicado pela revista de Administração de Empresas (RAE) Set/Out. 1992.
Nenhum comentário:
Postar um comentário